Agronegócios
Saúde do solo: um novo horizonte para o agro
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Diante da demanda crescente por alimentos, a nutrição adequada do solo é garantia para se obter um bom potencial produtivo, seja qual for a cultura. Em uma camada de zero a dez centímetros, habitam milhares de bactérias, vírus, protozoários, fungos, minhocas e insetos. E, em uma área de um hectare desse pequeno mundo, podem habitar mais de dez mil espécies.
A diferença entre a poeira infértil e a terra viva depende diretamente da abundância e da diversidade desses organismos. Um sistema variado será responsável pela estruturação, retenção de água, reciclagem de nutrientes, proteção de plantas, promoção do crescimento vegetal e degradação de materiais orgânicos.
Portanto, quanto mais heterogêneo for esse microambiente, mais resultados virão. Solo bom é o que alimenta as plantas, ajudando no seu desenvolvimento. É aquele que tem nutrientes capazes de manter um ambiente limpo e menos poluído, evitando a erosão e protegendo as plantas de danos.
Para detectar com exatidão as diferenças de solos não percebidas em análises convencionais, surgiu o estudo das atividades enzimáticas. Essas avaliações ajudam a determinar, por exemplo, o volume de fertilizantes necessários e a planta de cobertura mais adequada para determinada área. Para fazer um paralelo, são como um exame de DNA do solo.
Estamos diante de um recurso com enorme potencial transformador e que ainda está dando os primeiros passos no país. Ao lado da inteligência de dados, abrirá um novo horizonte para o agro. Contribuirá para que os produtores alcancem um resultado ainda melhor, de forma veloz e assertiva, e reforçará a vocação do Brasil em alimentar o mundo. Virá do solo o próximo grande salto de produtividade do campo.
Antonio Luis Santi – Diretor técnico da ConnectFarm e Professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – Campus Frederico Westphalen
santi@connectfarm.com.br